quarta-feira, 27 de abril de 2011

Sempre liguei muito pra que os outros diziam, sempre fui muito sonhadora, idealizar tudo era muito a minha cara, eu tinha meu paraíso perfeito, até que chegou uma hora em que tudo ficou fora do controle e eu decidi ligar o foda-se, percebi que ficar ligando pra opinião dos outros não me levaria a nada, e só sonhar também não, então decidi recomeçar.  Um bom recomeço seria colocar todos os meus sonhos em prática, sem medo, sem receio de dar errado, abrir a porta pra todas as boas oportunidades. Também decidi não dar tanta importância pro pensamento dos outros, parar de seguir o padrão da sociedade, porque, desculpa sociedade, mas essa coisa de padrão é uma merda. Se deu certo? Bom, vamos dizer que no começo deu sim, mas não por muito tempo. Fingir que não liga pros outros, se esconder atrás de sorrisos falsos, fingir que não há amor não é a melhor opção. O certo é você ser alguém amado, e ter alguém que te faz sentir ser a sua estrela preferida, alguém para ser o seu Romeu. É, foi quando eu o conhecia, era dia 27-06, eu estava sentada em um café observando aquele dia frio pelas janelas de vidro, estava tocando uma versão cover de Like a G6, mais lenta, perfeita pra ocasião, foi quando ouvi uma voz na mesa ao lado, ‘sem açúcar, por favor’, então eu o olhei, nem preciso falar que foi amor a primeira vista né? Aquele sentimento de ‘eu sempre amei você’ tomou conta de mim. Eu nunca acreditei nesse negocio de amar ao primeiro olhar e tal, mas você muda suas perspectivas de sonho a partir do momento em que acontece com você. Ele era aquele menino quieto, na dele, aquele típico garoto invisível. Seu nome? Denis, pelo menos era o que estava escrito no crachá em cima daquela camisa com o símbolo ‘paz e amor’. Ele me olhou, se levantou e veio em direção a minha mesa, sentou-se do meu lado, ‘boa noite cinderela’, foi o que ele disse com aquele sorriso lindo no rosto. O resto da historia? Bom, ai vai da sua imaginação.Só não se esqueça, tudo pode dar certo, basta acreditar.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Eu sei como é se segurar e deixar para chorar só quando ligar o chuveiro, assim ninguém percebe. Eu sei como é refletir sobre a vida antes de dormir e se certificar de que ninguém está ouvindo para começar a soluçar. Eu sei como é sofrer tão dolorosamente que as vezes você precisa fingir que vai ao banheiro, ou beber água, apenas para lavar o rosto e se recompor. Eu sei como é ter os olhos úmidos e aquele medo de que não seja forte o suficiente para segurar as lágrimas quando está em público. Eu sei como é sentir aquele nó enorme na garganta, que te sufoca, até que você cede e chora. Eu sei como é sentar na cama, pegar o travesseiro e chorar tanto, mas tanto, que se surpreende com o rio que terá que esconder da sua família. Acredite, eu sei como é tudo isso.

domingo, 17 de abril de 2011

Tati Bernardi


Dizem que materializar os sonhos escrevendo ajuda, então lá vai: quero transar com beijo na boca profundo, olhos nos olhos, eu te amo e muita sacanagem, quero cineminha com encosto de ombro cheiroso, casar de branco, ser carregada no colo, filhos, casinha no campo com cerquinha branca, cachorro e caseiro bacana. Quero ouvir Chet Baker numa noite chuvosa e ter de um lado um livrinho na cabeceira da cama e do outro o homem que amo.
Quero sambão com churrasco e as famílias reunidas. Quero ter certeza, ali no fundo da alma dele, de que ele me ama. Quero que ele saia correndo quando meu peito amargurado precisar de riso. Que ele esqueça, de vez em quando, seu lado egoísta, e lembre do meu. Que a gente brigue de ciúmes, porque ciúmes faz parte da paixão, e que faça as pazes rapidamente, porque paz faz parte do amor. Quero ser lembrada em horários malucos, todos os horários, pra sempre. Quero ser criança, mulher, homem, et, megera, maluca e, ainda assim, olhada com total reconhecimento de território. Quero sexo na escada e alguns hematomas e depois descanso numa cama nossa e pura. Quero foto brega
na sala, com duas crianças enfeitando nossa moldura. Quero o sobrenome dele, o suor dele, a alma dele, o dinheiro dele (brincadeira...). Que ele me ame como a minha mãe, que seja mais forte que o meu pai, que seja a família que escolhi pra sempre. Quero que ele passe a mão na minha cabeça quando eu for sincera em minhas desculpas e que ele me ignore quando eu tentar enrolá-lo em minhas maldades. Quero que ele me torne uma pessoa melhor, que faça sexo como ninguém, que invente novas posições, que me faça comer peixe apimentado sem medo, respeite meus enjôos de sensibilidade, minhas esquisitices depressivas e morra de rir com meu senso de humor arrogante. Que seja lindo de uma beleza que me encha de tesão e que tenha um beijo que não desgaste com a rotina. Que a sua remela seja sequinha e não gosmenta e que o tempo leve um pouco de seu cabelo (adoro carecas...). Que suas escatologias não passem de piada e se materializem bem longe de mim. Tem que gostar de crianças, de cachorrinhos, da minha mãe, e tem que odiar ver pessoas procurando comida no lixo. Tem que dançar charmoso, ser irônico, ser calmo porém macho (ou seja, não explodir por nada mas também não calar por tudo). Tem que ser meio artista, mas também ter que saber cuidar dos meus problemas burocráticos. Tem que amar tudo o que eu escrevo e me olhar com aquela cara de "essa mulher é única".
É mais ou menos isso. Achou muito? Claro que não precisa ser exatamente assim, tintim por tintim. Exigir demais pode fazer eu acabar sozinha em mais shows do Roberto Carlos. Deus me livre! Bom, analisando aqui, dá pra tirar umas coisinhas. Deixa eu ver... Resumindo então: tem que dizer que me ama e me amar mesmo, tem que rolar umas sacanagens e não pode ter remela gosmenta. Pronto!
E quando eu tiver tudo isso e uma menina boba e invejosa me olhar e pensar que "aquela instituição feliz não passa de uma união solitária de aparências" vou ter pena desse coração solitário que ainda não encontrou o verdadeiro amor

 

sábado, 26 de março de 2011

Não tenha medo da quantidade absurda de carinho que eu quero te fazer.


E de eu ser assim e falar tudo na lata.

E de eu não fazer charme quando simplesmente não tem como fazer.

E de eu te beijar como se a gente tivesse acabado de descobrir o beijo.

E de eu ter ido dormir com dor na alma o final de semana inteiro por não saber o quanto posso te tocar.

Não tenha medo de eu ser assim tão agora.

E desse meu agora ser do tamanho do mundo

sábado, 19 de março de 2011

Não tenho vocação para o estilo boa moça, de puritana, de fingir o que não sinto, de empacotar meus desejos.Falo palavrão, gosto de sexo, já beijei sem gostar, já transei pensando em outro, já fingi orgasmo, já menti pra quem amo, já me fiz de boazinha, já me fiz de mal, já chorei de alegria e já ri de raiva.Posso ser sua amiga ou apenas um ponto morto (inimiga não faz parte do meu vocabulário), posso me importar com qualquer coisa que aconteça na sua vida, ou foda-se você.Já voltei atrás em decisões, já me arrependi de ter voltado e de não ter feito diferente.Não finjo sorriso amarelo pra dizer que está tudo bem, não agrado as pessoas parecendo ser o que não sou, ou gostam de mim ou não.Gosto na mesma proporção que posso parar de gostar. Posso fazer de você o meu tudo, mas posso fazer de você Simplesmente meu nada.Não tenho medo de viver e nem me fantasio de personagens fictícios, não faço da minha vida um palco com as cortinas fechadas, minha vida é um espetáculo onde eu sou a atriz principal.Não abro mão do que quero por não ter acabado coisas anteriores, não acredito em Amores que só podem acontecer com tempo determinado.Me embrulha o estômago pessoas que não sabem o que quer, que acham que tem tempo pré determinado para acontecer, que não sabe se explicar...Sou avessa as coisas certinhas e hora marcada.Não fico rondando como urubu em cima da carniça, ou pego de vez ou largo.Meio termo nunca foi o meu forte, não tenho simpatia com o morno.Sou brasa, ou você descobre como lidar comigo ou acaba se queimando.Sou complicada dos pés a cabeça, sou complexa.Me supero, me surpreendo me ergo...Caio...........mais levanto.